segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Encontro do mês de Setembro

O nosso grupo tem se reunido mensalmente e é um ponto de encontro de pessoas com problemas relacionados a ansiedade. Trata-se de um encontro informal, onde cada participante relata o que está acontecendo com ele/ela e vai tomando conhecimento do que se passa.
A pedra angular é o fato de saber que outras pessoas passaram e estão passando pelas mesmas dificuldades e acabaram descobrindo um meio de enfrentá-las. 
O foco são pessoas com transtornos de pânico. Não existe custo algum para participar. Nosso grupo reúne-se uma vez por mês geralmente no 3º sábado de cada mês. O nosso próximo encontro será no dia 26 de setembro no bairro auxiliadora.
Caso conheça alguém com algum problema similar indique o grupo.

sábado, 15 de junho de 2013

Porque confraria?


Confraria: Associação de leigos com fins de congregar interesses, gostos, assuntos comuns, nem tão comuns, sentimentos íntimos, normais, assustadores as vezes, mas um grupo que não se limita na exposição de suas mais loucas fraquezas humanas... e no andar da carruagem, quando as melancias se acomodam, vão se acomodando também nossos medos, preocupações, ações, paralisações, medicações... E assim... Quando se menos espera a vida torna a ter seu brilho; O caminho mostra-se mais colorido e a gente vai juntando, agregando, Iluminando, clareando, outros e mais outros e acolhendo em abraços de cura. Pois um abraço desta confraria não é um simples abraço, um qualquer abraço, mas sim, um toque na alma, talvez um beliscão. Acorda!... Digo, a-cor-dar! de pintar, colorir novamente a tela da vida que desbotou, refazê-la.
Venha em busca de cura nesta confraria. Devagar, devagarinho, de mansinho, a construção se renova e eleva-se o que caiu. O que era terra arrasada, ganha adubo e fertiliza novamente!
E a vida continua!...Com suas ondulações....
Ieda Onzi de Castro

terça-feira, 4 de junho de 2013



A ansiedade torna estático o cognitivo. A essência da ansiedade e a intrusão do sofrimento nas canais físicos e mentais que deveriam estar limpos. Uma preocupação constante invade o sono mantendo a pessoa acordada a metade da noite. Um medo persistente se impõe aos pensamentos, distraindo-os dos problemas do momento. Quando, num crescendo a ansiedade se transforma em pânico sua intensidade captura completamente o pensamento e a ação.
A ansiedade é uma combinação especial de emoção e cognição. Ela mistura o padrão de resposta de emergência com o conhecimento da ameaça. Várias são as formas de ansiedade, pois elas expressa uma mistura complexa de eventos biológicos e cognitivos de cada um deles capaz de se manifestar de modo mais proeminente como o sintoma principal. Uma preocupação mental neste sentido, é o equivalente funcional das palpitações cardíacas. Ambas indicam a mesma dinâmica básica, uma resposta desorganizada do estresse ao estresse.
Não é o perigo mas sim a ameaça do perigo que na maioria das vezes ativa a resposta do estresse. A característica central da informação que indica estresse é a incerteza. A incerteza provoca um alarme prévio, um alerta para verificar a possibilidade da existência de uma ameaça.
Mentiras essenciais, verdades simples - Daniel Goleman.

sábado, 1 de junho de 2013

Nenhum bicho de sete cabeças


Pânico é um sentimento acachapante de medo e ansiedade. É um medo repentino e uma ansiedade sobre eventos antecipados.
Na natureza, o "estado de pânico" é um sistema de defesa normal e útil que ativa todas as regiões do cérebro que estão relacionadas à atenção. É como se o animal entrasse em alerta máximo e num processo de fuga. Uma característica, por exemplo, é perder um pouco da sensibilidade nas extremidades do corpo para facilitar a fuga; ferimentos leves são ignorados enquanto um animal foge de seu predador. Porém, para o ser-humano, o pânico em situações que não expressam real perigo, pode ser uma doença que atrapalha o convívio social, chamada de síndrome do pânico. O "medo do pânico" pode se tornar o transtorno do pânico relacionadas a outros tipos de patologia psiquiátrica como crise de ansiedade, depressão, estresse e outros.

Considerações sobre o grupo



Quando se pensa em um grupo de apoio, independente do foco a ser atendido, o que se tem em mente é que o grupo é um espaço de ajuda, daqueles que já superaram ou estão em processo de reflexão sobre os efeitos do problema em suas vidas, direcionada para aqueles que ainda não o conseguiram.
No nosso grupo de apoio às pessoas com transtorno de pânico, algumas pessoas comentam sobre o que se passa com elas.
“o grupo é um lugar para pensar. Se pensar. E também de ser ouvido”.
“é um lugar onde se pode falar de coisas que são nossas, no contexto do pânico ou não, embora não seja exatamente sobre isso”.
“quando a mente fica solta, sem tarefas, pode caminhar para o lugar onde o pânico se encontra”.

domingo, 20 de setembro de 2009

O sentimento de Pânico tem uma explicação mitológica


O sentimento de pânico tem uma explicação mitológica. Pã era um dos deuses da Grécia antiga- e que “emprestou” o nome para o transtorno-, costumava pregar sustos que deixavam as vítimas literalmente em pânico.
Pã era um deus diferente. Ao contrário dos outros deuses, não habitava o cume do Olimpo. Vivia no campo, cuidando dos rebanhos, das manadas, das colméias. Ajudava os caçadores a encontrar suas presas e participava das orgias realizadas pelas ninfas. Personificava a potência sexual e a fecundidade.
Apesar de sedutor, alegre e bem-humorado, pã era feio. Tão feio, dizem, que a mãe, ao vê-lo pela primeira vez, fugiu dele, morta de medo da criatura de chifre, barba, pernas de bode e rabo que acabara de vir ao mundo.
Em vez de maldizer essa sina, ele brincava com a própria feiúra- usava-a para pregar peças nos humanos. Saltava às costas das vítimas de repente, apavorando-as. Quando o viam, com aquele aspecto, horrível, elas ficavam ainda mais aterrorizada. E fugiam em disparada.
Pã se divertia muito com isso. Gargalhava enquanto observava as pessoas correndo, assustadas, pelos bosques.
Ele tinha uma vida simples. Modesto, nem de longe lembrava a imponência e a vaidade dos outros deuses. Só fazia questão de tirar sua soneca à tarde. Quando perturbado nessa hora, vingava-se, assustando que os incomodava.
Os deuses o desprezavam, embora se divertissem com ele. Mas reconheciam seu grande talento, sua criatividade e seus poderes.
Dizem que Apolo roubou dele a arte da profecia. E que Hermes se apoderou da flauta que pã deixou cair – que ele fizera com caniços de brejo-levando-a ao olimpo e mentindo que se tratava de uma invenção sua.
O interessante é que podemos encontrar pontos em comum entre o mito pã e o distúrbio do pânico. Como pã, o pânico ataca de repente e apavora. Como pã, o pânico revela sua face feia, terrível, da vida.
Mas há outros aspectos importantes. Quando o pânico ataca, aprisiona a criatividade, o talento e a energia vital-representada em pã pela potência sexual.
A necessidade de proteção leva o paciente a evitar contatos sociais, profissionais e afetivos. Seu talento e sua criatividade, porém, permanecem intactos.
Sem ter como expressar-se, essa energia criadora provoca angústia e ansiedade. E aqui a lição de pã é fundamental. Ele podia ter-se afundado em sentimentos negativos, paralisante, por causa da aparência, da rejeição da mãe e de seus pares (os deuses), da vida solitária e modesta do bosque.
Isso, porém, nem lhe passou pela cabeça. Usou o talento e a criatividade para amar, seduzir, cuidar, divertir-se. Viver, para ele, era isso. Jamais entrou nos complicados jogos de poder dos outros deuses. Sabia que tinha limites. E, em vez de deixar que eles atrapalhassem sua vida usou-os para ser feliz.
http://www.youtube.com/watch?v=Vyn7cUNyKe0